quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

:: aqui. nada.



noite de nada.
sorrisos aqui. acolá.

_olá!

“mas é uma noite de nada”

:: verde, vermelho e algumas luzes

e sigo esvaziando garrafas.
a parede é verde, minha cerveja é verde.
e vejo cinco casais, sentados, alheios
ao verde da parede e alheios ao rock que agora ouço,
creedence.
e alheios ao que penso agora. ao que vejo.
.
eles “estão” comigo
mas só você sabe que neste momento estou
inspirada para escrever e ouvir.
só você sabe que reparei na
parede verde,
e ela combina com minha cerveja.
mas sabe o que sinto?
_o preto do nosso rock,
o preto da minha roupa e o preto
dos nossos encontros.
nebulosos.
queria estar em casa, ou
queria você em casa? acho que não!
mas simplesmente acho. e é pouco.
ah!
tem um papai noel sentado aqui.
está sentado em uma meia lua de luzes.
acho que vou lá conversar com ele.
o que achas?
devo?

:: tempo tempo

tome mais um trago.
tire os sapatos e
depois a blusa.
fique mais um pouco.
fume meu cigarro
encha meu copo.
não vá agora!
fique mais um pouco.


:: pico das almas

:
dia febril.
este é o sinal.
algo está errado, muito errado aqui dentro.
as pernas já não obedecem.
é preciso sentar!


já sem vida, por horas a fio, observa uma janela.
_essa maldita janela.

maldiz o dia, maldiz os dias!
_cão dos diabos!

e fuma. e traga forte!
substituir pensamentos por fumaça?

é um dia febril mesmo!
.
.
.